Lázaro Ramos inaugura biblioteca comunitáriaLázaro escolheu terra dos pais e avós para inaugurar primeira biblioteca
Levar jovens e adultos para o fascinante e mágico mundo da leitura. Esse é o principal objetivo do projeto “Ler é poder”. Criado pelo ator baiano Lázaro Ramos.
O projeto ganhou, nesta sexta-feira (25), as primeiras três bibliotecas em Salvador e no Recôncavo Baiano.
Foi a iniciativa que levou Lázaro a atravessar a Baía de Todos os Santos na manhã de ontem. O destino: Ilha do Paty, no distrito de São Francisco do Conde, um pedacinho do Recôncavo.
O ator escolheu a ilha para inaugurar a primeira biblioteca comunitária por conta dos laços afetivos que tem com o lugar. É a terra dos avós, dos pais deles e, quando criança, era lá que ele passava férias.
Lázaro lembra com carinho da época. “Tenho uma relação cultural enorme com Paty. Acho que foi o lugar que me inspirou a ser ator. Eu tinha um número [de teatro] que, inclusive, pedi a eles para resgatarem, que se chama “Comédia”. Isso aqui [a ilha] é afeto, inspiração. Tudo”.
Da escadaria, o ator agradeceu à comunidade e confessou um sonho: transformar a ilha em um centro de referência da cultura.
Depois, Lázaro inaugurou a biblioteca que leva o nome da avó, dona Edith, e da mãe, dona Célia. “A gente está num tempo em que a cultura está parecendo que é uma coisa supérflua, mas não é. Eu acho que quando a gente quer estimular as pessoas, a gente deve partir de algo que se acredite. E eu acredito, profundamente, que educação, que leitura é transformação”.
No fim da tarde, Lázaro inaugurou outra biblioteca no bairro da Boca do Rio.




O ator Milton Gonçalves, que interpreta o político negro corrupto Romildo Rosa (foto), na novela "A Favorita" da Rede Globo, reagiu com indignação a manifestações do deputado José Cândido, do PT de São Paulo, que em carta ao Painel do Leitor da Folha, se referiu a ele como estando “na contramão da causa negra”.“Não nutro ilusão juvenil de que o racismo poderia ser extinto de uma hora para a outra. O que quero é a igualdade de direitos e deveres perante a lei. Estou aberto a críticas, senão não estaria pondo minha cara a tapa todos os dias na TV. Mas não desabone minha conduta, pondo em xeque toda uma vida de militância, quando diz que ando na contração da causa negra. Cada um tem sua forma de lutar, e a que encontrei foi a expressão artística”, afirmou o ator também em carta ao Painel do Leitor sob o título “Vilão Negro”, publicada na edição de domingo (06/07). A carta de Cândido, foi publicada no Painel da edição do último dia 26 de junho.Milton, que é filiado há muitos anos ao PMDB carioca, lembrou a Cândido que o que deveria decepcioná-lo não era a sua atuação, mas sim "o fato de São Paulo possuir cerca de 650 municípios (são 645) e um enorme percentual de negros (são 12,5 milhões de afro-brasileiros) e, ainda assim, não consegue eleger negros, exceto seu filho, prefeito em Suzano”. Afropress não conseguiu localizar o deputado - único parlamentar negro eleito para a Assembléia Legislativa paulista nas últimas eleições.


