Por Ademar de Souza Reis Jr
Primeiro meus verdadeiros agradecimentos a Revista Afro Bahia.
De todos os dias que passamos em Angola, um deles foi especial pois foi o dia em que conferimos de perto como é viver na periferia de Luanda. Foi uma grande experiência, que tentamos relatar abaixo (post escrito em conjunto com minha esposa Viviane).
Na quinta-feira 13 de dezembro de 2007, fomos visitar duas simpáticas madres da Pastoral da Criança (Missionárias de Santa Terezinha): a Irmã Socorro e a Irmã Graça, que trabalham no bairro Palanca. Nosso interesse era conhecer um pouco do trabalho delas, da realidade da periferia, visitar algumas creches e, quem sabe, ajudar de algum modo.
Chegar até a casa das madres não foi fácil. Palanca é um bairro muito pobre e com pouca infra-estrutura. Como estávamos no início do período de chuvas, algumas ruas estavam cheias de uma mistura de lama, lixo e esgoto (o terreno é argiloso e não há rede de escoamento de água). Mesmo estando com um carro 4×4, ficamos muito apreensivos ao encarar alguns trechos, pois não tínhamos certeza se conseguiríamos chegar do outro lado. Felizmente deu tudo certo (4×4 rulez) e chegamos sãos e salvos ao nosso destino.
As madres estavam nos aguardando. Foram muito atenciosas e já tinham um roteiro pronto pra nossa visita. Pegamos o carro e nos dirigimos até a sede da igreja, onde estacionamos e tendo a Irmã Socorro como nossa guia, caminhamos pelo bairro. Tivemos a oportunidade de conversar com vários moradores e conhecer um pouco do sofrimento do dia-a-dia, das tradições e da cultura Angolana. Ficamos particularmente chocados ao ver uma família vivendo em um terreno totalmente alagado com lama na altura do joelho e ao ouvir relatos de que em muitas casas (senão a maioria) quem é responsável pelo sustento é a mulher - os homens acabam tendo várias famílias. Embora as dificuldades fossem muitas, as pessoas com quem conversamos estavam sempre sorrindo e foram muito simpáticas conosco.
Na quinta-feira 13 de dezembro de 2007, fomos visitar duas simpáticas madres da Pastoral da Criança (Missionárias de Santa Terezinha): a Irmã Socorro e a Irmã Graça, que trabalham no bairro Palanca. Nosso interesse era conhecer um pouco do trabalho delas, da realidade da periferia, visitar algumas creches e, quem sabe, ajudar de algum modo.
Chegar até a casa das madres não foi fácil. Palanca é um bairro muito pobre e com pouca infra-estrutura. Como estávamos no início do período de chuvas, algumas ruas estavam cheias de uma mistura de lama, lixo e esgoto (o terreno é argiloso e não há rede de escoamento de água). Mesmo estando com um carro 4×4, ficamos muito apreensivos ao encarar alguns trechos, pois não tínhamos certeza se conseguiríamos chegar do outro lado. Felizmente deu tudo certo (4×4 rulez) e chegamos sãos e salvos ao nosso destino.
As madres estavam nos aguardando. Foram muito atenciosas e já tinham um roteiro pronto pra nossa visita. Pegamos o carro e nos dirigimos até a sede da igreja, onde estacionamos e tendo a Irmã Socorro como nossa guia, caminhamos pelo bairro. Tivemos a oportunidade de conversar com vários moradores e conhecer um pouco do sofrimento do dia-a-dia, das tradições e da cultura Angolana. Ficamos particularmente chocados ao ver uma família vivendo em um terreno totalmente alagado com lama na altura do joelho e ao ouvir relatos de que em muitas casas (senão a maioria) quem é responsável pelo sustento é a mulher - os homens acabam tendo várias famílias. Embora as dificuldades fossem muitas, as pessoas com quem conversamos estavam sempre sorrindo e foram muito simpáticas conosco.
Ao chegarmos na creche as crianças estavam se preparando para uma festa de Natal e encerramento das atividades do ano. No início algumas delas estavam um pouco tímidas com nossa presença, mas em poucos minutos a Viviane já estava brincando, cantando e tirando fotos com todas. Foi muito bom interagir com as crianças e uma grande alegria pra Viviane que é professora aqui no Brasil e é fascinada pela África.
Andando pelas ruas encontramos uma pequena feira (comércio de rua é muito comum em Luanda). Não é fácil fotografar ambientes abertos em Angola, mas com a intervenção da madre, que explicou que éramos amigos (brasileiros, turistas, não jornalistas e nem sensacionalistas), conseguimos tirar algumas fotos (com direito a pose, veja acima).
Andando pelas ruas encontramos uma pequena feira (comércio de rua é muito comum em Luanda). Não é fácil fotografar ambientes abertos em Angola, mas com a intervenção da madre, que explicou que éramos amigos (brasileiros, turistas, não jornalistas e nem sensacionalistas), conseguimos tirar algumas fotos (com direito a pose, veja acima).
Ao retornar pra sede da igreja, nos deparamos com uma cena incrível: um “mar” de mulheres com roupas típicas participando de uma cerimônia religiosa em um bosque. Elas cantavam com alegria e uma harmonia natural. Mesmo não compartilhando da mesma religião, nos aproximamos e fomos contagiados pela emoção e fé daquelas mulheres. É difícil achar palavras pra descrever a cena, mas é suficiente dizer que não conseguimos conter as lágrimas naqueles poucos instantes em que as acompanhamos.
Eram nossos últimos dias em Angola e ficamos muito felizes por ter um dia inesquecível, com experiências que ficarão pra sempre guardadas em nossa memória. Testemunhamos a triste realidade dessas pessoas, mas ao mesmo tempo vimos que elas não perdem sua esperança e fé de que as coisas vão melhorar.
Nossa passagem por Angola estava chegando ao final. Foi ótimo passar dias em tão boa companhia e esperamos que nossa estada tenha contribuído de algum modo pra ajudar esse povo que tanto merece uma vida melhor. No domingo fomos pro Aeroporto, era hora de ir de férias pra África do Sul…
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